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RAÍSSA DE OLIVEIRA RETOMA AULAS DE DANÇA NA ONG APÓS SEIS ANOS AFASTADA

RAÍSSA DE OLIVEIRA RETOMA AULAS DE DANÇA NA ONG APÓS SEIS ANOS AFASTADA

Data de Publicação: 11 de junho de 2025 15:22:00

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RAÍSSA DE OLIVEIRA RETOMA AULAS DE DANÇA NA ONG APÓS SEIS ANOS AFASTADA
Maior rainha de bateria da história do Carnaval também é referência no trabalho social na Baixada Fluminense.

      Reconhecida nacional e internacionalmente como uma das maiores rainhas de bateria da história do Carnaval carioca, com 20 anos ininterruptos brilhando à frente da mesma bateria e com oito títulos de campeã na Sapucaí, Raíssa de Oliveira não é uma das figuras mais queridas da comunidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, só por isso: há 18 anos, a ex-rainha de bateria da Beija-Flor vem retribuindo à população tudo o que recebeu da escola e do território onde cresceu por meio da ONG RAYDI, instituição que fundou ao lado da mãe, Cristina, e do irmão, Diego:

“Lá atrás, eu e minha família entendemos que a minha visibilidade como rainha de bateria de uma grande escola podia ajudar centenas de famílias e, por isso, decidimos fundar a RAYDI”, relembra Raíssa.

     No fim do ano passado, a instituição sofreu um ato de vandalismo e precisou interromper temporariamente as atividades. Após sete meses fechada, a ONG reabriu suas portas com espaço reformado e estrutura ampliada:

“Foi devastador ver tudo parado, quebrado, silenciado. Conheço de perto a importância da ONG e o quanto conseguimos impactar vidas com o que fazemos. É uma luta diária minha, da minha família, dos professores voluntários. Assistir ao sonho de tantas pessoas e famílias ser interrompido foi um dos momentos mais difíceis que vivi”, confidencia Raíssa.

Agora, com as atividades restabelecidas, a ONG está a todo vapor e com uma ampla programação de oficinas e atendimentos: aulas de dança (samba no pé, ritmos urbanos, zumba, balé, capoeira, dança do ventre e k-pop), percussão (somente no núcleo de percussão, coordenado por Diego Oliveira, mais de 300 alunos já foram atendidos), tamborim, atabaque, teatro, jiu-jítsu, informática, além de serviços nas áreas de pediatria, clínica geral e oftalmologia.
A instituição também oferece suporte a crianças com transtorno do espectro autista e realiza doações emergenciais.

Nesta nova fase da ONG RAYDI, uma novidade muito aguardada foi o retorno de Raíssa às salas de aula, seis anos depois de ter se afastado por conta da maternidade.

“Com o nascimento da minha filha, as aulas  precisaram esperar, eu sai e coloquei uma outra professora no meu lugar. Rhayalla passou a ser minha prioridade absoluta. Era difícil estar em sala de aula com uma criança pequena em casa, primeira filha, tudo novo para mim. Agora, com mais tranquilidade e maturidade, sinto que é o momento certo para voltar a fazer parte do cotidiano dos alunos também como professora, algo que sempre me preencheu profundamente”, explica Raíssa, que se manteve à frente da gestão da ONG mesmo durante o afastamento das salas de aula.

As aulas são presenciais, acontecem às terças-feiras, às 9h da manhã, com duração de uma hora, e são voltadas para pessoas com mais de 30 anos. As aulas têm como proposta cuidar do corpo e da mente. Aos 34 anos de idade, Raíssa fala com propriedade sobre essa escolha:

“Depois dos 30, a gente passa a se cobrar mais. Eu me vi nesse lugar de querer dar conta de tudo: carreira, maternidade, responsabilidades… Isso gera tensão, frustração, angústia, medo, insegurança. E quem cuida da gente? Aqui, buscamos acolher. Quero que cada aluno saia mais forte, mais leve, mais feliz. Criamos uma verdadeira rede de apoio”, explica a jornalista e empresária.

A primeira aula desta nova temporada foi marcada por casa cheia, entusiasmo e emoção. Mesmo sob chuva e frio, os alunos compareceram em peso, uma cena que reforça o impacto da iniciativa e o vínculo que a comunidade construiu com a figura de Raíssa.

“Foi emocionante. Nem o mau tempo desanimou a gente. Requebramos, rimos, trocamos energia. A autoestima foi lá para o alto. Ensinei, mas fui transformada também. A dança salvou a minha vida e acredito, sinceramente, que pode salvar muitas outras. É sobre isso o nosso trabalho aqui”, resume a sambista, jornalista e referência de resistência no Carnaval e na vida.

Foto/Divulgação:  Antônio Assumpção / Garagem 293/ Palmer Assessoria de Comunicação

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