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É do Samba, é da Moda, é do Mundo! O outro lado de  Carol Strassy que ninguém viu

É do Samba, é da Moda, é do Mundo! O outro lado de  Carol Strassy que ninguém viu

Data de Publicação: 26 de agosto de 2020 13:07:00

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Por: Rilanielly Santana - Jornalista do Site e Revista Feras

Foto da Capa: Alex Nunes

Conheçam a história de uma das Musas do Carnaval Carioca, que também é Rainha e passista da Acadêmicos do Salgueiro. Carol Strassy conta sobre sua vida no Samba e na moda, seus sonhos e projetos para o futuro.

Ana Carolina de Souza, mais conhecida como Carol Strassy, é
empreendedora, musa, rainha, e passista show da Acadêmicos do Salgueiro.
Em 2011 estava em uma roda de samba e uma mulata da Mocidade
Independente de PM, á viu sambando e a convidou para fazer um teste, logo
ela aceitou o convite, e marcaram o dia, mas no dia marcado infelizmente essa
mulher não pode comparecer, deixando Ana com dúvidas, mas que foram
rapidamente mudadas pela opinião de amigos que à viram e incentivaram, ela
tomou coragem, fez o teste, e passou.

Ensaio para a loja: @vestidapelavalentina  foto: Ariel Santos

“Naquele momento eu virei passista, estava deslumbrada e na minha escola do
coração. Apesar de hoje não fazer parte, o amor e respeito prevalecem”.
Ana também é modelo, e diz que começou por acaso quando entrou no teatro
com 16 anos, e por estar envolvida com a arte sempre aceitava os convites que
surgiam em sua frente.

Foto: Ariel Santos


“Com o trabalho no samba fui convidada para fazer umas fotos aqui e outras
ali, a partir daí fui recebendo diversos convites para ser modelo fotográfica
através das redes sociais para loja de roupas e produtos de academia, lingerie,
maquiagem, estética e atualmente sou modelo da vestida pela Valentina, uma
loja de vestidos de festas. Estou ainda com outras propostas em negociação”.
Atualmente Ana é passista show da Acadêmicos do Salgueiro, Musa da Unidos
de Bangu e Rainha do bloco ‘xupa mas não baba’ e Canários de laranjeiras,
divide seu amor entre Mocidade, Salgueiro – onde cita que aprendeu muito
com o mestre Carlinhos – e U Bangu, que veio de musa pela primeira vez por
convite da Rosana Avelar e foi abraçada pelos componentes.


“Já participei de várias escolas como:


Mocidade nos anos de 2011 e 2012, UPM em 2011,2012 e 2013, Beija flor em
2016, Salgueiro nos anos de 2017,2018,2019 e atualmente em 2020, Unidos
da ponte fui Rainha em 2018, Rosas de Ouro VT Rainha em 2017 e Unidos de
Bangu em 2016,2017,2018 e 2019”.


Ana tem vários sonhos, um deles é ver seu filho feliz e com saúde.
“Saber criar uma criança no mundo de hoje e desafiador, principalmente
quando seu filho é negro, o que dizer pra ele? Filho cuidado na rua pra você
não ser confundido? O medo constante da maldade e do preconceito. Então
meu sonho persiste na ideia de poder ver meu filho crescer sem eu ter medo
dele ser confundido ou pelo simples fato dele ser preto. Um sonho realizado
seria poder dormir tranquila sabendo que meu filho nunca irá passar por preconceitos, e infelizmente ainda é longe da realidade atual. Esse seria meu maior sonho hoje ainda não realizado”.


Ana afirma o quanto é grata à sua avó, que é sua maior influência na vida, por
ser uma mulher trabalhadora, e que mesmo com tantas dificuldades manteve
sua fé inabalável, e no samba é grata à todos os profissionais que constroem
esse espetáculo lindo, mas cite Carlinhos do Salgueiro, que segundo ela, foi
quem a lapidou. Ela cita que já teve experiência em outros países, por exemplo
na Argentina em 2012 e em 2013 foi musa, com a Nilce Fran.


Apesar de tudo que já conquistou, deseja conquistar muito mais.


“Atualmente tenho como foco empreender, tenho estudado sobre e buscado
conhecimentos para que meu objetivo seja concretizado com sucesso”.


E termina a entrevista deixando falas de conforto e amor:


“Vivemos uma pandemia do covid19 e de muitas outras doenças mentais, uma
delas o pensar só em si mesmo, o ego. Acho que o momento pede não só
reflexão, mas a mudança em atitudes. Vamos buscar a nossa evolução juntos.
Infelizmente, crianças morrendo, jovens, pessoas com uma vida pela frente. E
esse tipo de coisa vem acontecendo muitas vezes a partir da falta da empatia
humana e isso precisa de um basta. O que você pode fazer para isso mudar?
Pense nisso e faça. É um trabalho árduo, mas que pode ser a solução”.


“Quero agradecer a todos que acompanham o meu trabalho, e que de alguma
forma me transmitem carinho, admiração e o principal, respeito. E lembrar que
respeito é obrigação. Se cuidem e cuidem de todos ao seu redor. Logo essa
pandemia vai passar e iremos comemorar com muito samba e gratidão. E para
os que perderam pessoas especiais, meus sinceros sentimentos”.

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